Hoje, não sei porquê, deu-me uma saudade pungente do teatro.
Esse maldito vírus que os chineses deixam escapar (ou
soltaram… para mim é igual), acabou com tudo o que tinha programado este ano.
Sinto falta do stress, da preocupação, de ter a cabeça
ocupada com o personagem, o papel, o texto, as marcações, de “encarnar uma
pessoa estranha”, de ter de improvisar (o que sempre fiz, mesmo na vida real) …
tudo o que me faz esquecer (por pouco tempo que seja) aquilo que me atormenta.
Até sinto falta das trapalhadas, das viagens longas, de
andar a cair de sono na rua, de me chatear com os colegas, de estar morto de
cansaço e ter mais algo para fazer, de estar ansioso para entrar em cena, de
sentir a boca seca…
Bem, hoje até sinto falta da B----.
[Passo a vida a arrepender-me daquilo que faço .
Aconteceu mais uma vez...
Quero continuar aqui como uma pessoa sem rosto, um anónimo desprezível, aquilo que sou no fundo - uma réstia de sucata humana...
Por isso, e para evitar ser identificado, retirei esta parte do texto, pois narrava factos pessoais e que várias pessoas conhecem.]
[Passo a vida a arrepender-me daquilo que faço .
Aconteceu mais uma vez...
Quero continuar aqui como uma pessoa sem rosto, um anónimo desprezível, aquilo que sou no fundo - uma réstia de sucata humana...
Por isso, e para evitar ser identificado, retirei esta parte do texto, pois narrava factos pessoais e que várias pessoas conhecem.]
Meu Deus… às vezes acontece-me cada palermice!
Mas, no fundo, é disto que eu hoje sinto falta para esquecer
outras coisas mais acutilantes.
Gostei muito do seu texto, até porque me identifico com ele. Não porque seja actriz, mas sim porque adoro teatro.
ResponderEliminarSó não concordo com a designação de sucata, embora quem tem criatividade posssa fazer lindas coisas com ela.
Tenha bom fim de semana e cuide-se