quinta-feira, 30 de abril de 2020

Que saudade daquilo que nunca tive!...


Parece absurdo, mas é verdade: hoje estou com tanta saudade daquilo que nunca tive!...

Vivi sempre de improviso. Nunca delineei, verdadeiramente, um projecto de vida. Nunca fiz grandes planos. Para mim, a vida é uma sucessão de acasos, ou, quiçá, o transcurso natural do  destino que temos traçado, em cujo trajecto somos mais actores do que guionistas. 

Correm os dias, somam-se os anos e a vida flui oscilando. Oscilar é próprio de toda a natureza.
A luz, a energia, toda a natureza, do infinito Cosmos até ao nosso coração… tudo oscila, tudo pulsa, tudo vibra.  Tudo tem altos e baixos, cavas e cristas, depressões e picos.

Além de ser um simples animal, com prazo de validade curto e com um ciclo de existência irredimível e linearmente irreversível, o que me distancia da normalidade é o facto da minha vida ser feita de trambolhões e não de oscilações. As oscilações têm um ritmo, os trambolhões são acidentes, logo são atípicos, incontrolados, irregulares depreciativos e funestos. Os trambolhões magoam e arruínam. Tornam-nos débeis e, mais tarde ou mais cedo, incapacitam-nos.  
  
Todo este arrazoado porque estou “caído” - visitei um lugar na Internet onde mora alguém que… 

Fico hoje por aqui. Amanhã ou depois, mais calmo e recomposto, falarei.